Criando uma backlog inicial em 5 etapas.

Mariane Ferroni
4 min readJul 1, 2020

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Criar uma backlog para uma primeira entrega de um produto que ainda não existe é um processo cheio de desafios, mas neste artigo vou descrever alguns passos que usei nas minhas últimas experiências e os resultados que nosso time obteve.

O produto que queríamos construir era uma solução para que os colaboradores de uma empresa de tecnologia possam compartilhar e gerar discussões através de seus conhecimentos, idéias de uma forma mais informal . Logo de início já sabíamos que o conceito de que o que queríamos era um Blog.

"A blog (a truncation of “weblog”)[1] is a discussion or informational website published on the World Wide Web consisting of discrete, often informal diary-style text entries (posts). Posts are typically displayed in reverse chronological order, so that the most recent post appears first, at the top of the web page. Until 2009, blogs were usually the work of a single individual,[citation needed] occasionally of a small group, and often covered a single subject or topic. In the 2010s, “multi-author blogs” (MABs) emerged, featuring the writing of multiple authors and sometimes professionally edited. MABs from newspapers, other media outlets, universities, think tanks, advocacy groups, and similar institutions account for an increasing quantity of blog traffic. The rise of Twitter and other “microblogging” systems helps integrate MABs and single-author blogs into the news media. Blog can also be used as a verb, meaning to maintain or add content to a blog." (Definição de Blog da Wikipedia)

O primeiro passo foi validar o conhecimento do time sobre o tema: Blog. Nesse passo fizemos uma sessão de brainstorming onde compartilhamos palavras que estavam relacionadas ao nosso objetivo. Utilizei a ferramenta Mentimeter para compilar em uma nuvem de palavras.

Uma nuvem de palavras onde há várias palavras relacionadas sobre o tema Blog.

Essa dinâmica nos ajudou a validar o entendimento sobre o tema com todas as pessoas do time, alinhar expectativas e também foi uma forma divertida de realizar essa atividade.

Como segundo passo, separamos as principais jornadas de usuários e os requisitos do time.

Como nós já tinhamos as personas para quem iríamos desenvolver a solução definidas, nós criamos suas jornadas ao compartilhar seus conhecimentos.

Na jornada do usuário, foram desenhados o passo a passo para aquela persona chegar ao seu objetivo final e também inserimos alguns pontos de atenção que podem fazer com que aquele passo não tenha êxito. — Para mais detalhes sobre como criar uma jornada de usuário, coloquei alguns links de referência abaixo do artigo.

Sobre os requisitos do time, foram levantamos alguns requisitos não funcionais ou cross-funcionais que seriam importante observar desde o início da concepção do produto. Dentre eles surgiram: acessibilidade, segurança da informação, responsividade com dispositivos móveis e possuir uma busca eficiente de conteúdo.

Na terceira etapa, a priorização, adotamos uma forma mais simples de enxugar nosso escopo e definir o que era realmente essencial para um Mínimo Produto Viável (MVP). Desta forma categorizamos cada etapa e cada atividade em três caregorias:

3 balões: Precisamos ter, 2 balões: Seria bom ter e 1 balão: podemos deixar para um próximo momento

Os passos foram passados um a um e fomos categorizando cada um deles com três, dois ou um balão, de acordo com a importância. Essa etapa é um pouco longa e gera discussões, que são essenciais para que todas as pessoas colaborem com sua visão de grau de importância de cada atividade e também para alinharmos o que é o mais importante fazer.

Como quarta etapa, identificamos as dependências, esse é um passo que facilita na hora de ordenar os tópicos que serão desenvolvidos. Nessa etapa verificamos se há alguma dependência entre as atividades que devemos realizar, se há algum tipo de bloqueio ou validação que deva ser feita com alguma equipe externa, se precisamos aguardar por aprovações, etc.

Atividades sequenciadas e interligadas do início ao final do projeto.

Na quinta e última etapa nós sequenciamos as atividades e definimos qual seria nosso MVP.

De acordo com o grau de importância dos tópicos, suas dependências fica mais fácil organizá-las em uma sequência já priorizada, porque ou priorizamos pelo risco que aquela atividade pode ter (por exemplo: de ficar bloqueada muito tempo, não ser viável) e por sua importância para o usuário final ao utilizar aquela solução.

Como resultado saímos com um material muito bom para começar a construir nossa solução, com objetivos do que iria fazer parte ou não do nosso escopo e uma perspectiva de entregável.

Lembrando que, é essencial revisar o processo, as atividades, a priorização, compartilhar lições aprendidas e conhecimento adquirido, avaliar os riscos, verificar se alguma coisa nova surgiu ou se tornou obsoleta e gerar um ambiente seguro para o aprendizado e melhoria do processo.

E você? Já construiu uma backlog inicial de algum projeto? Quais métodos e ferramentas usou? Conte-me mais aqui nos comentários.

REFERÊNCIAS:

Mapeando a jornada e a experiência do usuário. Paula Macedo, 18 Aug. 2016, https://brasil.uxdesign.cc/mapeando-a-jornada-e-a-experi%C3%AAncia-do-usu%C3%A1rio-49d2c921cbf.

Jornada do Usuário — O que é e Sua Importância em UX Design. Aela.io, 18 July 2019, https://medium.com/aela/jornada-do-usu%C3%A1rio-o-que-%C3%A9-e-sua-import%C3%A2ncia-em-ux-design-f8ac0cb025ca.

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Mariane Ferroni

Product Owner at ThoughtWorks, passionate about agile culture, advocating about social and economic justice, a diver and a fan of craft beer.